COMPOSIÇÃO
O entulho é formado por argamassa, cerâmica vermelha, cerâmica polida, concreto, pedras, gesso, madeira, papel/papelão, plástico, metais, vidro, cimento-amianto, solo/areia, canos, fios e outros materiais usados na construção civil.
PROBLEMAS
Os principais problemas relacionados à destinação irregular dos entulhos são: ocupa o lugar do lixo nos aterros sanitários, diminuindo sua vida útil; obstrui a drenagem natural, causando enchentes; provoca a proliferação de vetores de doenças; causa poluição visual; desperdiça materiais que podem ser utilizados; etc. O custo total estimado do entulho depositado em depósitos clandestinos é de US$10/m3.
SOLUÇÕES
A reutilização e a reciclagem do entulho, juntamente com a redução da quantidade gerada, são alternativas para a redução dos problemas citados. É possível produzir agregados (areia, brita e bica corrida para pavimentação), contenção de encostas, canalização de córregos, fabricação de blocos, placas, briquetes, tubos para drenagem e, logicamente, reusá-los como argamassa e concreto reciclados. Outros usos do entulho podem ser a conservação de estradas de terra e o aterramento na construção de edificações novas. O custo da reciclagem é estimado em US$2,5/ m3.
VANTAGENS
A produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80% em relação aos preços dos agregados convencionais. A partir deste material é possível fabricar componentes com uma economia de até 70% em relação a similares com matéria-prima não reciclada.
TRABALHO DO GESTOR
Os três passos que a Prefeitura deve dar para resolver o problema são:
1) Proceder a um levantamento da produção de entulho na cidade;
2) Estimar custos da deposição irregular do mesmo; e
3) Determinar a tecnologia a ser empregada, os investimentos necessários e a aplicação dos resíduos reciclados.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
A Norma que desde junho de 2004 regula os resíduos de construção e demolição (RCD) é a Resolução CONAMA N.307/2002. Proíbe sua destinação em aterros de resíduos domiciliares, áreas de bota-fora, encostas, corpos d´água, lotes vagos ou em áreas legalmente protegidas. Prevê ainda a obrigatoriedade do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
FONTES DE CONSULTA
www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/re
www.brasilengenharia.com.br/sumario.asp
www2.fpa.org.br/portal/modules/news/arti
Diagnóstico da Gestão dos Resíduos da Construção e Demolição (RCD) no Município de Palmas-TO, Engenheira Ambiental Paola C.Almeida et al., Anais do 24o. Congresso Brasileiro da ABES, Belo Horizonte-MG, set 2007.
Autoria: José Luiz Viana do Couto
e-mail: jviana@openlink.com.br
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