quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dia Mundial do meio ambiente - Nossa apresentação

Esta apresentação em data-show foi dimensionada para alunos da rede municipal de ensino de Belford Roxo com faixa etária entre 12 e 19 anos em alusão ao dia mundial do meio ambiente e aborda a temática "resíduos urbanos" sob um olhar ético-ambiental de auto-crítica ao comportamento social de consumo e desenvolvimento.



É fato: o ser humano é o único animal que produz lixo! Todos os outros descartam somente matéria orgânica, e dentro deste entendimento podemos questionar o comportamento de toda rede de consumo existente em nossa sociedade moderna com os apelos (e até necessidades) cada vez mais fortes nos meios de comunicação que estimulam toda sorte de consumismo. Vejamos: se saio de casa para comprar algo num supermercado cada um daqueles itens virá embalado (comodidade/necessidade?) e será devidamente colocado dentro de uma sacola (praticidade).

Mas quais os resultados a longo prazo de tudo isto? Montanhas de resíduos urbanos? Se paramos e analisarmos a história da humanidade veremos que sempre existiram locais de deposição destes resíduos como os sambaquis das populações indígenas pré-colombianas e os vazadouros urbanos da idade média na Europa.

O problema é antigo. E volto ao ponto de partida: somente nós (eu e vc) produzimos lixo.


Aqui está um exemplo interessante do que é desejável e a pressão ameaçadora do caos urbano: em absoluto contraste estão pela ordem: o céu azul (simbolizando a limpidez atmosférica), o verde nativo das matas (em apologia ao modelo de preservação desejável) e o lixo (representando a expansão da ameaça aos dois elementos anteriores)

Pergunta com resposta óbvia: qual destes vc gostaria de ter ao alcance de sua visão?


A foto em sim já sugere algo que vem sendo questionado por uma grande parcela da população mundial: o modelo de desenvolvimento da humanidade não se alterou desde a Revolução Industrial (2ª metade do séc. 18) e a descoberta do petróleo como fonte energética.

Estamos caminhando para as energias alternativas (por enquanto, pq serão as principais) como a solar, hidrogênio, eletromagnética, etc, e qto mais cedo as opções tornarem-se econômicamente viáveis mais cedo estaremos diante da mudança para modelos sustentáveis, ambientalmente falando.

Chegará uma era em que chaminés e canos de descarga serão apenas lembranças de um passado equivocado.


Afinal? Eu (no sentido coletivo) sou o responsável? Quais são as atitudes que posso implementar para assumir de fato tamanha carga de responsabilidade? Talvez a resposta esteja em algo muito simples: a capacidade inata de comunicação em cada um de nós - já dizia um velho ditado: "uma andorinha só não faz verão".

O conceito de multiplicação das informações será nossa grande aliada a partir deste momento. Duplicar o aprendizado gera uma onda gigantesca que toma a forma de tendência. Vamos definir tendência? Tendência é algo que irá acontecer independentemente de nossa vontade. Qtas vezes nós escutamos na televisão: "a tendência para a moda outuno-inverno.....".


Em algum momento de nossas vidas vamos nos defrontar com a seguinte constatação: o lixo retorna para todos nós! Vejam a foto: o que vcs enxergam? Isto vai depender...claro...rs, mas uma coisa fica evidente qdo isto acontece a repulsa aos nossos próprios rejeitos leva-nos a vários sentimentos: asco, nojo, medo, intolerância. Mas pq, se todos somos responsáveis?

Somos, paradoxalmente vilões e vítimas. Até qdo?

A nossa proposta é: chega de vilões e vítimas! A partir de agora seremos "protagonistas" ou os "mocinhos" do filme!


Boa pergunta! Observem a foto e digam-me para onde foi um pedaço do morro! A realidade diz que não adianta varrer o problema para baixo do tapete, chegará uma hora que (o ser humano) tropeçaremos em belíssimas florestas plantadas em cima de lixo!

Alterem-se os modelos atuais de desenvolvimento (não-sustentáveis) para novos modelos ambientalmente sustentáveis que grande parte da loucura e do caos urbano deixem de ser tão ameaçadores.

Assim como temos a força de destruição da natureza também possuimos uma imensa capacidade em modificá-la no sentido de transformá-la em espaço agradável, cobiçado e tranquilo em contra-ponto nítido a mentalidade reinante das "selvas-de-pedra" das décadas de 60/70/80.


O encerramento desta apresentação é um espaço de interação com os alunos para analisar o grau de percepção acreca das aspirações do ser humano em relação ao meio ambiente para o futuro.

"Atitudes geram mudanças"
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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Lixo nosso de cada dia - Pense nisso qdo vc jogar seu lixo na calçada

Como tem sido cômodo deixar o saco de lixo na calçada de casa e esperar a coleta urbana passar e recolher...né. Desde que o mundo é mundo, ou desde quando nós nascemos é que as coisas funcionam assim. Mas veja o que isto provoca longe dos olhos....


Montanhas de resíduos!!!!! Sim. Tudo é resultado de nossos hábitos de consumo. Alterar hábitos, gerenciar aterros sanitários, compostagem, reciclagem, reaproveitamento, reutilização, todas estas formas de minimizar o problema dos resíduos urbanos podem não valer absolutamente nada se não for corretamente implementadas ações de educação ambiental de caráter local, ou seja, respeitando-se as características locais de cada município.


Nesta foto caimos no lugar comum qdo o discurso é "lixão": observem as figuras humanas quase que perdidas em meio a tanto lixo - não pensem que os catadores de lixo são coisa do séc. 20 ou 21, já existiam na idade média.


Olhem com atenção esta foto: aqui temos uma interessante representação de 3 níveis de consciência ecológica:

1 - O céu azul representando limpidez atmosférica e o planeta Terra como é imaginado pelo inconsciente coletivo.
2 - O verde das matas como representação do "intocado" e "ameaçado".
3 - O lixo, sua extensão no horizonte e a forma com que ameaça o verde e o azul.


O potencial transformador do ser humano na paisagem está além da deposição do lixo. Para tampar a sujeira é preciso usar material que é fornecido pela natureza, mas que ela mesma não tem capacidade de reposição.


A dura realidade de quem depende daquilo que a sociedade joga fora! Observem a duas rodas... sim, são diferentes, ou seja prova cabal que o instrumento de trabalho é resultado dos rejeitos urbanos.


Aqui uma excelente simbologia do nosso modelo de desenvolvimento representado pela descarga de uma máquina que pode ser entendido como uma chaminé e ao fundo o resultado deste modelo de desenvolvimento. Poluição triplamente qualificada: atmosférica, visual, ambiental. Será que outros modelos virão? Quem serão os responsáveis por esta mudança?


Nosso consumo. Nossos rejeitos. O ser humano como produtor de lixo contemplando o caos dele mesmo e sofrendo os resultados. Em nosso pobre inconsciente a responsabilidade com o lixo termina qdo colocamos o saco na calçada. Não! Um dia este lixo retorna de forma agressiva e não há nada que impeça isto de acontecer.

Impossível ficar quieto sem máscaras. O ser humano inserido dentro de suas próprias sujeiras e sofrendo com isto.


O problemas já são conhecidos, mas quais são as soluções e como implementá-las para que o ser humano não se torne um câncer para o planeta?


Triste tentativa do BNDES em parceria com o poder público de dar um tratamento aos residuos urbanos. Tudo acabou em pizza e quem está pagando somos nós. Ex-futura usina de tratamento de lixo, ou o que sobrou dela.

"Atitudes geram mudanças".
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