terça-feira, 5 de agosto de 2008

O bambu como matéria-prima na reconstrução social


O enfoque que considero mais interessante é o de elevar a auto-estima dos grupos envolvidos no trabalho com o bambu, que aprende-se no mesmo momento da execução. Sobreviver e dar condições dignas de vida a sua família com o esforço de seu próprio trabalho é o que considero fundamental para manter a estima em bom patamar.


Acredito que, se desejamos realmente diminuir nossas diferenças sociais, devemos criar condições para que as comunidades excluídas do processo capitalista possam subsistir por si, para que em um segundo momento se estruturem a ponto de poderem decidir novos rumos.


Minha proposta de trabalho, inspirada na obra de Lúcio Ventania (Bambuzeria Cruzeiro do Suo - Belo Horizonte - MG), é a de estabelecimento de modo de produção verdadeiramente cooperativo (sem a existência da figura do "dono" dessa estrutura), no qual o produto seja equitativamente distribuído entre os envolvidos no processo. (Na Verdade eu depurei em minha consulta que o trabalho lá é realizado desse modo, que considero o ideal).


A utilização do bambu (em suas potencialidades), pode ser um elemento fundamental nesse processo, principalmente conjugada com o emprego de outros materiais "não convencionais", na construção de moradias, utensílios e estruturas para produção de alimentos. Vide o exemplo dos Municípios de Três Rios - RJ e Penedo - AL.

Texto por Ricardo Costa.

"Atitudes geram mudanças"

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