sexta-feira, 15 de agosto de 2008

APA Guandu pode ter recursos de banco alemão

A disposição do banco de desenvolvimento alemão Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) de ampliar os recursos repassados ao Brasil para proteção ambiental abre a possibilidade de implementação de projetos que são considerados estratégicos no estado.

Um dos destaques seria a implantação da Área de Proteção Ambiental do Guandu e nas regiões dos rios Piabanha, Estrela e Macaé, criada pelo governo fluminense.

A informação foi dada à Agência Brasil pela presidente do IEF - Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro, Yara Valverde. Ela acaba de voltar da Europa, onde manteve contato com dirigentes de órgãos governamentais e entidades não-governamentais da Alemanha e da Itália.

“É uma posição estratégica não só para o abastecimento de água para a população, mas também pela questão da biodiversidade da Mata Atlântica em si, porque ela fica justamente no ponto de conexão de dois fragmentos importantes da floresta, que são a Serra do Mar e a Serra da Bocaina”. Este projeto ainda não está incluído no PPMA/RJ

Segundo Yara Valverde, a primeira fase de implantação do projeto do Guandu está avaliada em R$ 6 milhões, envolvendo a área de proteção ambiental, sob a forma de parque fluvial, com recuperação de todas as margens dos rios, saneamento da bacia e reflorestamento em mais de cinco municípios, entre outras atividades.

As prefeituras já firmaram acordo de cooperação com o governo do estado. O projeto do Guandu conta também com a parceria de outras entidades, entre as quais a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a Petrobrás, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis(Ibama).

Yara Valverde admitiu que o trabalho do comitê intermunicipal realizado na Alemanha para recuperação da bacia hidrográfica do rio Emscher, com 865 quilômetros quadrados e 85 quilômetros de extensão, poderá vir a ser adotada como modelo para a Área de Proteção Ambiental do Guandu. O comitê reuniu 12 cidades alemãs, além de confederações e associações comerciais e associações de moradores.

“O modelo do rio Emscher é exatamente o que a gente quer implantar aqui no Rio de Janeiro. Ele envolve a recuperação e uma gestão integrada da bacia, tanto na parte da política de conservação da biodiversidade, como na conservação dos recursos hídricos. É uma política integradora”, salientou. O projeto foi considerado o melhor da Alemanha em termos ambientais nos últimos anos.

Do mesmo modo, a presidente do IEF quer aproveitar a ampla experiência italiana na gestão de parques para a implantação do Parque Ambiental da Ilha Grande.

“A área foi duplicada no primeiro mês do governo Sérgio Cabral Filho e apresenta alto potencial para turismo e atividades de lazer e pode ser um fator de desenvolvimento para toda aquela região”.

Yara Valverde lembrou que os italianos têm larga experiência em parques, tendo sido pioneiros na criação da entidade de Guardas-Parques na Europa.

(Agência Brasil)


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