quinta-feira, 31 de julho de 2008

GEHnat acompanha pesquisadores do IPPUR/UFRJ - Parte 5

Os pesquisadores do IPPUR/UFRJ Maria Angélica Costa e Antônio Ioris (este também professor da Universidade de Aberdeen no Reino Unido) estão conduzindo uma pesquisa sobre a importância dos recursos hídricos para as comunidades da Baixada Fluminense. Além de estudar o valor da água para diferentes grupos sociais e áreas espaciais ao longo da Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu, o projeto também inclui uma avaliação de reformas institucionais e políticas públicas de gestão de recursos hídricos.


Fazendo uso de técnicas e métodos qualitativos, a pesquisa vem relacionando diferenças de percepção e atitude entre moradores atingidos por intervenções governamentais (em particular, obras previstas no Projeto Iguaçu e agora apoiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento - PAC), lideranças comunitárias, grandes usuários de água e gestores do sistema estadual de recursos hídricos.
Como parte dos trabalhos de campo, no dia 29 de julho os pesquisadores passaram o dia em Nova Iguaçu em companhia de Yoshiharu Saito (ver fotos nesta página), quando entrevistaram moradores na Bacia do Rio Botas com problemas de abastecimento de água e enchentes recorrentes.


No mesmo dia, tiveram reunião com o secretário municipal de participação popular de Nova Iguaçu, Hélio Porto, para discutir as intervenções do PAC e os impactos destas obras de saneamento no município, além de esclarecimentos a respeito das oportunidades de envolvimento da população nas ações do poder público.
Segundo o secretário Porto, o município está recebendo recursos federais da ordem de 300 milhões de reais (o que significa o terceiro maior investimento do PAC entre os municípios brasileiros, apenas depois das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo). Estão previstas intervenções em termos de abastecimento de água, drenagem, saneamento e infra-estrutura. Este aporte de recurso deverá ser também responsável por atrair novos investimentos empresarias significativos para a cidade. Hélio Porto afirmou ainda que a diferença na estratégia do PAC, quando comparado a outros grandes projetos de saneamento empreendidos no passado, é o fato de o município ser agora ‘o protagonista da ação geradora no território’, ou seja, além da necessidade da contrapartida financeira dada pelo município, é preciso ainda que este tenha capacidade técnica para elaborar e gerenciar os projetos.


Ressaltou ainda que outra mudança fundamental é o aumento da participação popular na tomada de decisões relativas a obras e políticas públicas, sendo que esse envolvimento popular deve ser ampliado e aprofundado.
As declarações do secretário, bem como dos moradores entrevistados, serão importantes elementos para a pesquisa do IPPUR, a qual continuará estudando a Bacia do Rio Iguaçu até meados de 2009, quando os resultados serão divulgados em um amplo seminário entre autoridades e população local.

Maiores informações sobre a pesquisa podem ser obtidos através do email: mangelicamc@hotmail.com.

Um comentário:

Anônimo disse...

Aprendi muito