quinta-feira, 19 de junho de 2008

Potencialidades ambientais em Jaceruba

Muito se fala em meio ambiente na baixada fluminense e da região de Tinguá com sua (tão) famosa Rebio Tinguá, no entanto vale a lembrança que nem tudo que se refere às questões ambientais está encravada em Tinguá. Com a chegada do "progresso" a reboque do arco metropolitano a comunidade de Jaceruba está definitivamente inserida no maremoto sócio-ambiental que tomará conta de suas proximidades. A Área de Proteção Ambiental de Jaceruba compõe de maneira estratégica o mosaico da Mata Atlântica composto por outras Unidades de Conservação(UC), gerando um corredor de biodiversidade importante no panorama ambiental brasileiro.


Apesar de estar mergulhada em muitos problemas de infra-estrutura como estrada de acesso deficitária, falta de trabalho, saneamento básico inexistente, falta de política pública em segurança, dentre outros, Jaceruba não nega sua aptidão rural tão evidente na paisagem que enche os olhos até dos mais distraídos. São culturas como mandioca, inhame, goiaba, manga, citros, milho, etc.


Além dos frutos de culturas anuais e não-anuais temos a sazonalidade imposta pela presença da cachoeira no coração de Jaceruba com suas águas impressionantemente límpidas e gélidas provocando um afluxo de turistas durante os meses de calor. Se é bom ou ruim? É ótimo para quem está dentro da água, mas para quem milita na questão da sanidade hídrica é um desastre. Explico: Embora o trecho da cachoeira às margens da cidade tenha sua vida aquática totalmente comprometida pelos efluentes domésticos lançados à décadas, o maior problema ainda são as diversas barragens clandestinas que impedem o fluxo natural de organismos aquáticos, impedindo a recomposição e renovação da biota nativa. Um crime ambiental cuja retirada inegavelmente surtirá efeito de revolta numa parcela dos usuários/banhistas.

Uma pena.



"Atitudes geram mudanças"

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